Urashima Taro

De
Retrato de Urashima Tarō feito por Utagawa Kuniyoshi.

Urashima Taro ( 浦島太郎 ) é o nome de um pescador, personagem principal de uma famosa lenda do folclore japonês.

Origens

O nome Urashima Taro é mencionado pela primeira vez durante o Período Muromachi (séc. XV), no livro Otogizōshi, mas a história é muito mais antiga, datando do Período Nara (séc. VIII). Em livros antigos, tais como Nihon Shoki, Man'yōshū<ref>Predefinição:Citation</ref> e Tango no Kuni Fudoki (丹後国風土記), Urashima Taro é referido como Urashimako, embora a lenda seja a mesma. Isto representa uma mudança na maneira de se atribuir nomes no Japão; em eras anteriores, -ko (criança) era usado para nomes tanto masculinos como femininos, enquanto que em eras mais recentes é utilizado mais como componente de nomes femininos, sendo comumente substituído por -tarou, (lit.: grande juventude) para nomes masculinos.

Lenda

Urahima Taro, um humilde pescador, percebendo que uma tartaruga estava sofrendo maus tratos de um grupo de meninos, foi em seu socorro. Pediu a eles que a deixassem em paz. No entanto, disseram que, como tinham achado a tartaruga, ela lhes pertencia e podiam fazer o que bem entendesse com a criatura. O pobre e bondoso pescador, então, ofereceu a eles os poucos trocados, que havia conseguido com a venda dos peixes, em troca da pobre criatura. Os garotos pegaram o dinheiro e deixaram a tarataruga ferida. O pescador tratou de seus ferimentos e a soltou no mar.

Tempos depois, Urashima-tarô pescava em alto ma, uma tartaruga surgiu e lhe perguntou se a reconhecia. Disse ser a tartaruga que havia sido salva por ele dos meninos maus. Por ser nuito grata e dever a vida a ele, o convidou a conhecer o mundo encantado do fundo do mar. A tartaruga o levou no seu casco.

Ilustração de Urashima Tarō feita por Edmund Dulac.

O senhor dos mares recebeu o bondoso pescador e, por ter salvado a tartaruga, convidou-o a se hospedar no seu castelo, pelo tempo que ele desejasse. Urashima Taro se encantou com aquele mundo e decidiu permanecer por lá.

Mas, depois de algum tempo, o pobre pescador passou a sentir falta da família e da sua terra. Decidiu, então, voltar para casa. Os seus amigos e o senhor dos mares tentaram convencê-lo a não partir, mas a saudade provocou nele um desejo maior e ele resolveu voltar para o seu lugar.

O senhor dos mares, convencido de que Urashima-tarô estava decidido a deixar o mundo encantado do fundo do mar, o presenteou com uma caixinha mágica, e pediu a ele que nunca a abrisse. Seus amigos lhe prestaram uma homenagem na despedida; e lhe disseram que fosse feliz em convívio com seus semelhantes, os homens. A tartaruga o levou de volta para a superfície.

Já no seu lugarejo, Urashima Taro encontrou uma aldeia diferente. Não encontrou sua casa e nem sua família. O curto período que tinha vivido no reino do fundo do mar, onde o tempo corria lentamente, havia significado anos na sua terra. E por estar vestindo uma roupa antiga, em todos os lugares que passava, as pessoas o olhavam com curiosidade. Passou a vaguear pelas ruas solitariamente.

Desolado e triste, o pobre pescador resolveu abrir o presente, descumprindo o pedido do senhor dos mares. Uma fumaça branca saiu de dentro da caixinha mágica aberta e o envolveu. Quando a fumaça se dissipou, deixou à mostra um Urashima Taro velho, com a barba e cabelos brancos. Assim que deu por si, ele percebeu o quanto era valioso o presente, pois a caixinha guardava a "eterna juventude".

Mídia

Em Março de 2008, foi descoberta uma adaptação em anime intitulada Urashima Tarō, criada em 1918.animes mais antigos do Japão |coautores=Arthemis Whitaker |data=28/03/2008|obra=Site da extinta revista Henshin|publicado=Editora JBC|acessodata=13/02/2010

A saga de Urashima Taro da Varig [1]

A história foi utilizada no Brasil na década de 70, em campanha publicitária da Varig [2] para promover os primeiros voos diretos entre o Rio de Janeiro e Tóquio. A campanha, foi produzida pela Lynxfilm e criada por Ruy Perotti. A música-tema cantada por Rosa Miyake ficou famosa em todo o Brasil.

Predefinição:Ver também

  • Caixa de Pandora, uma caixa mágica que espalhou doenças e infortúnios quando foi aberta, lenda pertencente à mitologia grega.
  • Rip van Winkle, um conto de Washington Irving sobre um homem que cai num sono profundo e acorda muitos anos depois.



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Predefinição:Ligações externas